
Escrito por Dra. Lise Bocchino
Os principais fatores de risco são histórico familiar, pressão arterial, acúmulo de gordura no sangue (colesterol e trigligerídeos), doenças cardíacas, diabetes, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e uso de pílulas anticoncepcionais.
Os sintomas dependem do tipo de AVC (isquêmico ou hemorrágico) e são perda sensitiva (dormência de um braço ou de uma perna), fraqueza ou perda de força muscular, alterações da memória ou fala, perda de equilíbrio ou coordenação motora, dor de cabeça, distúrbios visuais, convulsões e sintomas com início súbito. Esses sintomas geralmente são abruptos, repentinos, isolados, mas podem ocorrer em conjunto.
O melhor tratamento, reconhecido em todo o mundo, é feito com uma injeção que “dissolve o coágulo”. Este tipo de medicamento só pode ser utilizado até três horas do início dos sintomas. Quando se perde esta fase inicial, ainda se pode utilizar esses medicamentos via cateterismo, injetando-os diretamente no cérebro. Após este período ainda pode-se tratar o paciente, porém, com resultados não tão promissores. Por isso é importante levar o paciente a um serviço especializado o mais rápido possível.
Não há faixa etária específica em que a doença se manifesta mais comumente. Em geral, nos pacientes muitos jovens, pode ocorrer o tipo hemorrágico, por má formação das paredes dos vasos do cérebro, formando aneurismas que podem se romper. Em geral são mais comuns após os 40 anos, mas não é um dado absoluto. O que se sabe são os fatores que estão envolvidos no processo da doença e que têm muitas variáveis. Mas esses são fatores predisponentes e, se controlados, têm o risco diminuído.
Após o AVC isquêmico e não tratado rapidamente, pode haver déficit motor e sensitivo nas áreas afetadas correspondentes à artéria acometida no cérebro. O indivíduo pode ter dificuldade de locomoção, fala e entendimento, e alterações de sensibilidade. No tipo hemorrágico, pode ser fatal ou ter consequências mais graves, como o coma.
O AVC é uma doença grave e, apesar dos tratamentos oferecidos nos hospitais especializados, a prevenção ainda é o melhor recurso. A prevenção é feita conhecendo e controlando os fatores de risco. Se diagnosticada alguma dessas patologias, deve-se fazer o controle corretamente. Sendo prescrita medicação, nunca deve ser interrompida ou modificada, salvo pelo médico.
Os check-ups periódicos podem identificar o risco da doença, principalmente os fatores de risco e doenças associadas e predisponentes. Essas doenças, se tratadas adequadamente, em tempo e acompanhadas por médicos afastam o risco, Trata-se de uma doença muito grave e, apesar dos tratamentos oferecidos nos hospitais especializados, vale reforçar que a prevenção é ainda a melhor arma.
Dra. Lise Bocchino é cardiologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica / DASA
Fonte: IDMED
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