sábado, 21 de março de 2009

KARATÊ-DO

KARATÊ-DO

Do Japonês = Caminho das mãos vazias.
Kara = Vazio.
Te = Mão.
Do = Caminho, verdade espiritual.

Oriundo do Kung Fu Chinês, o Karatê surgiu há poucos séculos na ilha de Okinawa, no arquipélago de RyuKyu. Essa ilha, que pertencia à China nessa ocasião, tinha uma lei em que era proibido o porte de qualquer arma. Para se defender, o povo praticava as inúmeras Artes Marciais chinesas, tais como, o Kung Fu, o Tai Chi e o Pa Kua. Quando o domínio chinês foi substituído pelo domínio japonês, mantiveram-se as leis contra o uso de armas e a diversas Artes Marciais chinesas passaram a ser conhecidas por Tode que, no dialeto local significava – mãos chinesas. Com o tempo, essas artes se diversificaram tomando o nome da região onde eram praticadas. Como exemplo; podemos citar o Nahate e o Shurite. Por ser uma arte muito recente até meados de 1900, ainda não possuía um nome definitivo que a designasse, sendo conhecida como - “a mão de Okinawa” ou, em japonês, - Okinawa Te. Apenas em 1936, quando iniciou-se o conflito sino-nipônico, é que foi criada a palavra Karatê. Devido à guerra com a China, o povo japonês, não aceitava nada que fosse representativo da Cultura chinesa e, um grande mestre da época, Gichin Funakoshi, resolveu mudar o nome de seu estilo para Karatê e o nome dos katas (movimentos formais), que até aí eram de origem chinesa, passaram a ser conhecidos por nomes japoneses.
E considerado o pai lendário do Karatê, o indiano Bodhidharma que, como 28º patriarca do Budismo por volta do quinto século depois de Cristo criou, no templo Shaolin onde morava uma nova modalidade de Kung Fu, baseada nas técnicas marciais antigas da China e no Vajramushti indiano. Bodhidharrma é conhecido na China por Ta Mo e recebe no Japão, o nome de Daruma Taishi.
Indubitavelmente, deve-se atribuir a Funakoshi o moderno Karatê pois, através de sua influência manteve-se inalterado o Do (Caminho espiritual) do Karatê-Do. Baseado no fundamento ético-filosófico budista que na China chamava-se Ch’ An e que no Japão é conhecido por Zen.
A Associação Japonesa de Karatê ainda faz constar em seus estatutos, a regra básica de Funakoshi: “O mais importante não é a vitória nem a derrota, mas o aperfeiçoamento do próprio caráter”.
Funakoshi não era apenas um lutador, era um pensador profundo e grande intelectual. Todas as fotos que dele se conservaram, sempre o mostram junto a muitos livros e dele é a autoria do livro mais profundo jamais escrito sobre Karatê – o “Karatê-Do Kyohan”.
O Karatê possui dezena de estilos; na década de 60 já estavam radicados no Brasil dezessete deles. No entanto, em todos os sistemas dá-se ênfase aos golpes dinâmicos, desferidos com as mãos e pés.
Incluem-se técnicas de apresamento e arremesso, katas, defesa pessoal e luta livre (kumite, em japonês). Na maioria dos estilos, exige-se que o lutador não atinja o adversário, parando o golpe a poucos milímetros do alvo. No entanto, já existem estilos, à semelhança da Kiokushinkaikan que admitem o contato.

Dicionário Ilustrado de BUDÔ – Artes Marciais do Oriente.
Tradução: S. Pereira Magalhães.
Revisado por: Marco Natali.
Editora: Ediouro

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Contato: (083) 3335-6035

MUSCULAÇÃO NA TERCEIRA IDADE

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Se você pensa que a musculação só serve para jovens, está totalmente enganado. Muitos pensam que a musculação serve apenas para gerar músculos a exemplo dos halterofilistas e fisiculturistas. Mas, na realidade, a musculação foi criada como um meio de facilitar a vida das pessoas, fazendo com que atinjam seus objetivos a nível de estética e saúde de uma forma rápida e segura, ao mesmo tempo combatendo as doenças degenerativas que geralmente aparecem na terceira idade.A musculação atualmente é considerada a melhor atividade física para pessoas da terceira idade, devido ao trabalho individualizado, a fácil forma de controle de carga, e por não causar impacto sobre as articulações. E, ainda, o posicionamento da postura nos aparelhos é o mais confortável possível, evitando qualquer lesão sobre a coluna. Deverá ser orientada por professores especializados da área de educação física, para que se torne uma atividade não só saudável como também segura, trazendo inúmeros benefícios ao praticante. Tais benefícios farão com as atividades cotidianas tornem-se mais eficientes, devolvendo ao idoso o bem estar físico e consequentemente a auto-estima e vontade de viver.O musculação tem mostrado aumentos da densidade óssea em mulheres pós-menopausa, ajudando a prevenir fraturas dos ossos. Pode também prevenir acidentes que normalmente acontecem com os idosos, que causam fraturas ósseas. Cuidados especiais devem ser considerados em relação aos hipertensos. Devem consultar um médico antes e só após uma boa avaliação, deve ser iniciado o programa de exercícios.

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Interrogações:
1- Vocês acham que, as academias estão preparadas para receber as pessoas da Terceira Idade, para à prática da musculação?
2- O que será preciso para que não haja problemas para tais pessoas?
3- Você já encontro uma equipe médica nas academias?
4- Equipamentos de primeiro socorros, estão presentes nelas?

segunda-feira, 16 de março de 2009

REFLEXÕES DOMINICAIS SOBRE ÉTICA E CIÊNCIA



A ciência precisa de liberdade para progredir. É difícil imaginar que idéias possam fluir em uma realidade cheia de obstáculos morais e censuras legislativas. A ciência, aqui, não difere de cultura em geral: é difícil também imaginar que a produtividade cultural possa sobreviver apenas clandestinamente, se bem que esse foi e é o caso em ditaduras militares ou religiosas. A censura e a rigidez moral castram a criatividade, mas não conseguem destruí-la.
Por outro lado, se a ciência serve à sociedade, ela deve prestar contas ao cidadão. Afinal, ao menos em pesquisa mais básica, quem paga a conta são os governos, a partir da coleta de impostos. É, como quem paga os impostos é o cidadão, a produtividade científica é financiada, em grande parte, pela sociedade.
Claro, existe também a pesquisa financiada diretamente pela indústria, com fins lucrativos. Ou a pesquisa financiada pelo governo com fins militares. Com o desenvolvimento acelerado da tecnologia nos últimos 20 anos, essa linhas divisórias têm se tornado cada vez mais invisíveis. Um físico que desenvolve um novo tipo de liga metálica pode estar interessado em suas propriedades a baixíssimas temperaturas (a ciência básica, pois baixas temperaturas não são viáveis comercialmente), ou na sua utilização em mísseis intercontinentais (ciência bélica). A liga metálica é a mesma, mas põe servir a propósitos completamente distintos.
Aqui surge um dilema para o cientista: até que ponto sua obrigação profissional deve interferir em sua atividade criativa? Será que o físico que trabalha em uma universidade, sabendo que sua novo liga metálica pode ser usada em mísseis, deve divulgar seus trabalhos?
Para citar um exemplo histórico, Leonardo da Vinci construiu várias armas de guerra para o seu patrono. Mas recusou-se a divulgar seus planos para a construção de um submarino, pois sabia que seu uso, aliado à perversidade do ser humano,provocaria mortes horrendas sob as águas. Da Vinci não queria ter seu nome associado a tal máquina de destruição. Hoje, apenas um submarinos da Marinha norte-americana é capaz de carregar 24 mísseis nucleares de alcance intercontinental, suficiente para destruir uma boa fração da vida na Terra.
A lição dessa história é clara: nenhuma invenção permanecerá “escondida” por muito tempo. Alguém acabará por redescobri-la mais cedo ou mais tarde. Os norte-americanos ficaram completamente boquiabertos quando os soviéticos detonaram uma bomba atômica logo após o fim da Segunda Guerra, seguida de um bomba de hidrogênio.
O Projeto Genoma, que envolve centenas de cientistas espalhados pelo mundo, compete com laboratórios privados na corrida pelo mapeamento do genoma humano. A biotecnologia levanta uma série de novos desafios éticos, questões que a sociedade precisa confrontar. Este mês, um trio de médico anunciou em Roma que a clonagem de seres humanos é uma questão de tempo. E não muito. Várias pessoas têm uma verdadeira aversão à idéia de que será possível construirmos cópias de um ser humano. Além disso, com a manipulação direta de gene, será também possível “encomendar” uma pessoa, como encomendamos um terno no alfaiate. Essa cor de olhos, essa altura, essa cor de pele, um bom atleta, Q.I alto.
A primeira reação é: “Mas que absurdo! Isso deve ser proibido!”. Mas essa reação é inútil. Porque a pesquisa irá continuar, proibida ou não, do mesmo modo que jornalistas, músicos e cineastas continuam a trabalhar sob regimes de ditadura. Países irão adotar políticas diferentes, alguns mais liberais do que outros.
Veja o exemplo recente do Reino Unido, autorizado a pesquisa que usa embriões para buscar a cura de várias doenças. Portanto, fora laboratórios clandestino, os cientistas podem sempre emigrar para países mais liberais. É fácil criticar os cientistas pela sua “ganância”, por esse apetite de querer sempre ir em frente. Mas essa é justamente a força da ciência. Sem essa curiosidade, ela entra em estagnação. O que a sociedade deve exigir dos cientistas é um compromisso moral com a verdade, um franco diálogo em que as repercussões das pesquisas são discutidas abertamente. É hipócrita culpar o inventou da pólvora pela morte de todas as pessoas em guerra. Somos nós que vamos à guerra, nossos governos, nossos soldados, nossos cientistas.

25/3/2001

Gleiser, Marcelo
Micro Macro – reflexão sobre o homem, o tempo e o espaço
São Paulo : Publifolha, 2005.